Livro: Greenwich Park
- Mapeando Livros
- 21 de mai.
- 5 min de leitura
Atualizado: 9 de jul.

🤰🏽 Uma gravidez perfeita. Uma amizade estranha. Um segredo devastador.
Nada é o que parece em Greenwich Park, o thriller psicológico de estreia de Katherine Faulkner que mistura maternidade, manipulação e mentiras perigosas em um suspense viciante e cheio de tensão.
Se você curte histórias com personagens ambíguas, mistérios domésticos e aquele tipo de amizade que começa bem… mas termina mal, esse livro vai te prender do começo ao fim.
📚 Informações do livro:
Título: Greenwich Park
Autora: Katherine Faulkner
Editora: Record
Data de publicação: 31 de outubro de 2022
Gênero: Thriller psicológico / Suspense doméstico
Páginas: 448
🔍 Mapeando o Livro: Greenwich Park — Katherine Faulkner
O que você faria se, em meio a um dos momentos mais delicados da sua vida, alguém aparentemente inofensivo se aproximasse com intenções bem diferentes do que parece? Essa é a provocação central de “Greenwich Park”, romance de estreia da autora britânica Katherine Faulkner, que mergulha em um suspense psicológico denso e envolvente, misturando temas como maternidade, amizade, segredos e manipulação.
Ambientado em um dos bairros mais charmosos e históricos de Londres, o livro cria uma atmosfera elegante e ao mesmo tempo inquietante, onde nada é exatamente o que parece — nem as pessoas, nem os relacionamentos, nem as intenções.
🤰 Uma amizade que nasce no curso de grávidas... ou algo mais?
A protagonista da história é Helen, uma mulher que parece viver o retrato perfeito da felicidade: casada com um arquiteto renomado, morando em uma casa vitoriana belíssima, e grávida de seu primeiro filho — um bebê muito aguardado. Mas logo percebemos que por trás dessa fachada encantadora há rachaduras. Helen vive em um estado de tensão constante, carregando uma mistura de ansiedade, fragilidade emocional e solidão, mesmo cercada de conforto.
É nesse cenário que ela conhece Rachel, durante um curso para gestantes. Desde o primeiro encontro, Rachel se mostra o completo oposto do que se esperaria de uma futura mãe: fuma, bebe, é desbocada, sarcástica e, aparentemente, desinteressada pela gravidez. Ainda assim, Helen se sente atraída por sua energia livre, seu jeito irreverente e pela forma como a faz rir e esquecer — ao menos por alguns momentos — de seus próprios receios.
Essa amizade improvável se desenvolve rapidamente, e Rachel passa a fazer parte da rotina de Helen. Mas à medida que o vínculo se estreita, a sensação de que há algo errado começa a crescer. Pequenos episódios estranhos se acumulam. Comentários desconfortáveis, atitudes invasivas e a constante presença de Rachel passam a soar mais como uma ameaça do que como apoio.
🧠 Uma protagonista que não enxerga o perigo
Helen é uma personagem complexa, e seu ponto de vista é essencial para o desenvolvimento da trama. Seu olhar carregado de ingenuidade, insegurança e até mesmo culpa torna a leitura tensa, porque o leitor percebe pistas e sinais muito antes dela. É como assistir a alguém caminhando lentamente em direção ao abismo — e não poder gritar para avisar.
A construção da personagem é brilhante porque Katherine Faulkner usa sua vulnerabilidade para alimentar o suspense. A maternidade, em vez de ser uma fase de plenitude, é retratada como um período de fragilidade e isolamento, o que torna Helen ainda mais suscetível à influência de alguém como Rachel.
E é justamente esse contraste entre a suposta perfeição da vida de Helen e o caos sutil que Rachel traz que transforma a narrativa em algo viciante. O desconforto cresce página após página, alimentado por diálogos sutis e situações que parecem inocentes, mas escondem uma camada sombria.
🔍 Um suspense psicológico que vai além do crime
Diferente de thrillers com assassinatos explícitos logo nas primeiras páginas, “Greenwich Park” aposta na construção psicológica e na tensão crescente. O mistério se desenvolve aos poucos, como se o leitor estivesse sendo puxado para dentro de uma teia que se revela lentamente. E quando o nó central da trama finalmente aparece, é impossível parar de ler.
Outro ponto de destaque é a estrutura narrativa com múltiplos pontos de vista. Além de Helen, acompanhamos também a história por meio das perspectivas de outras duas personagens femininas: Serena (cunhada de Helen) e Katie (amiga da família e jornalista investigativa). Cada uma tem sua própria trama paralela e seus próprios segredos, e conforme as histórias se entrelaçam, o leitor começa a montar um quebra-cabeça que muda constantemente de forma.
Esse recurso dá profundidade à trama e permite que a autora conduza reviravoltas impactantes sem forçar a narrativa. Tudo se encaixa aos poucos, criando um suspense com ritmo controlado e final surpreendente — daqueles que fazem você voltar algumas páginas para ter certeza de que não deixou passar nenhuma pista.
💬 Temas delicados e perguntas perturbadoras
Apesar de ser uma obra de ficção, “Greenwich Park” levanta reflexões importantes sobre maternidade, classe social, aparência versus realidade e os segredos que cada pessoa carrega — muitas vezes para proteger a si mesma ou os outros.
A relação entre Helen e Rachel é, acima de tudo, uma análise sobre confiança: em quem podemos confiar, até onde vai a empatia, e o que ignoramos por conveniência ou medo de encarar a verdade. A maternidade, por sua vez, é retratada de forma crua, sem romantização, trazendo à tona temas como insegurança, depressão, pressão social e solidão.
Esse olhar mais realista torna a leitura ainda mais envolvente e impactante, pois o suspense se constrói em cima de sentimentos e experiências muito humanos. É fácil se identificar com o medo de não estar à altura, com a tentativa de manter as aparências ou com o impulso de se apegar a alguém que, talvez, não mereça nossa confiança.
📖 Vale a pena ler?
Sim! Se você é fã de suspenses que provocam tensão psicológica sem recorrer a fórmulas repetitivas, “Greenwich Park” é uma excelente escolha. O livro prende desde as primeiras páginas, com uma atmosfera que oscila entre o desconforto e a curiosidade, e entrega um desfecho que vale cada reviravolta.
O ritmo pode parecer lento em alguns momentos, mas essa construção cuidadosa é essencial para criar o clima de paranoia crescente que permeia toda a leitura. Katherine Faulkner acerta em cheio ao mostrar como relações aparentemente inofensivas podem se tornar perigosas quando alimentadas por segredos e intenções ocultas.
É uma leitura recomendada tanto para quem já é apaixonado pelo gênero quanto para quem está começando a explorar o universo dos thrillers psicológicos. Com uma trama envolvente, personagens realistas e um desfecho inteligente, este é o tipo de livro que você termina e continua pensando por dias.
Me conta: já leu esse thriller psicológico cheio de reviravoltas? Se não, fica o alerta: às vezes, o perigo se disfarça de amizade. Clique aqui para garantir esse livro na sua estante.
Até o próximo,
T.P.M. 💛
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