Livro: O Retiro

Um paraíso de luxo. Um passado macabro. E uma nova morte que pode ser só o começo…

Depois de conquistar os leitores com “O Sanatório”, Sarah Pearse nos leva de volta ao universo sombrio da detetive Elin Warner, agora em uma ilha paradisíaca que esconde mais segredos do que paisagens bonitas.

Se você ama thrillers atmosféricos com uma pitada de isolamento, crimes misteriosos e personagens cheios de camadas, "O Retiro" é uma leitura para devorar com o coração acelerado.

📚 Informações do livro:

• Título: O Retiro

• Autora: Sarah Pearse

• Editora: Intrínseca

• Data de publicação: 1º de fevereiro de 2023

• Gênero: Thriller / Suspense policial

• Páginas: 400

• Personagem principal: Elin Warner (a mesma de O Sanatório)

🌴 Mapeando o Livro: O Retiro – Sarah Pearse

Imagine um paraíso cercado por águas cristalinas, natureza exuberante e promessas de relaxamento profundo. Um refúgio perfeito, não é? Agora, adicione a isso uma ilha com fama de amaldiçoada, um passado macabro marcado por crimes brutais e hóspedes que carregam seus próprios segredos — e você terá o cenário hipnotizante de O Retiro, novo thriller de Sarah Pearse, autora do best-seller O Sanatório.

Neste suspense cheio de tensão e atmosfera carregada, a autora nos leva para uma viagem onde o que parece tranquilo pode esconder o caos — e onde o passado sempre dá um jeito de cobrar seu preço.

📍 Uma ilha chamada... Pedra da Morte

O nome já diz tudo, né? Pedra da Morte é uma ilha com visual paradisíaco, mas com um histórico sombrio que a torna quase uma lenda local. Anos atrás, o lugar foi palco de crimes terríveis cometidos por um serial killer. Desde então, há quem diga que a ilha carrega uma energia estranha — e até amaldiçoada.

Mesmo assim, com o passar do tempo, ela foi reformulada para atrair um novo público: os entusiastas do bem-estar, do detox emocional e do "se reconecte com você mesmo em meio à natureza". É nesse contexto que surge o retreat de luxo que dá nome ao livro.

Mas, como toda boa trama de mistério, nada é exatamente como parece…

🧳 Hóspedes, ressentimentos e tensões à flor da pele

Entre os novos hóspedes do retiro estão duas irmãs e uma prima que, à primeira vista, parecem estar ali para relaxar e curar feridas do passado. Só que basta algumas páginas para percebermos que existe algo mal resolvido entre elas — ressentimentos, mágoas e histórias antigas que não foram completamente enterradas.

Essa dinâmica familiar adiciona uma carga emocional densa à narrativa. Sarah Pearse é muito habilidosa ao mostrar como, mesmo num lugar dedicado à cura interior, o que mais afloram são conflitos, segredos e o peso daquilo que tentamos esconder de nós mesmos... e dos outros.

👮 A volta de Elin Warner

Para quem já leu O Sanatório, vai reconhecer a detetive Elin Warner, que retorna neste segundo livro da autora. Embora O Retiro funcione como uma história independente, quem já conhece Elin vai perceber a evolução emocional da personagem e seu jeito único (e às vezes hesitante) de lidar com os casos.

Elin não foi à ilha como turista. Ela está lá a trabalho, investigando os bastidores do retiro quando uma morte misteriosa acontece. À primeira vista, tudo parece um acidente trágico... mas ela logo percebe que os detalhes não batem.

A sensação constante é a de que há algo fora de lugar. E quanto mais ela investiga, mais surgem segredos — tanto da ilha quanto dos próprios hóspedes.

⚠️ Clima de tensão crescente

A narrativa de Sarah Pearse é marcada por um ritmo lento e atmosférico, no estilo “calmaria antes da tempestade”. Ela constrói o suspense aos poucos, fazendo a tensão crescer de maneira quase sutil. Cada pequeno detalhe parece ter uma importância futura. Uma palavra mal colocada. Um olhar estranho. Um silêncio desconfortável.

E é aí que a leitura prende: você fica o tempo todo tentando juntar as peças, desconfiando de todos os personagens e questionando o que é verdade e o que é apenas encenação.

O retiro, que deveria ser um lugar de paz e autoconhecimento, se transforma em um espaço sufocante — onde qualquer pessoa pode estar escondendo algo. E quando uma segunda morte acontece... o jogo muda de vez.

🧠 Temas explorados no livro

Sem dar spoilers, O Retiro vai muito além de um simples "quem matou quem". Sarah Pearse traz discussões mais profundas e atuais, como:

• O peso do passado e como ele molda nossas escolhas;

• O poder (e o perigo) das aparências;

• A complexidade das relações familiares e suas feridas invisíveis;

• O impacto psicológico do isolamento e do trauma;

• O quanto realmente conhecemos as pessoas com quem convivemos — e a nós mesmos.

A autora também critica, com certa sutileza, a cultura do "bem-estar instagramável", onde tudo é fachada: o corpo zen, a comida orgânica, as frases motivacionais... enquanto por trás da lente, muitas vezes, existe solidão, insegurança e até dor.

💭 O que esperar da leitura?

• Reviravoltas inteligentes: Pearse não entrega o jogo facilmente. Há pistas falsas, suspeitas jogadas de forma estratégica e viradas que te fazem duvidar até da sua própria memória.

• Ambientação imersiva: A ilha é quase uma personagem. O som do mar, o vento, o silêncio entre as árvores... tudo contribui para o clima de inquietação constante.

• Personagens cheios de camadas: Ninguém ali é completamente bom ou mau. Todos carregam dores, segredos e zonas cinzentas que tornam a leitura ainda mais instigante.

• Final satisfatório: Apesar das muitas perguntas ao longo da trama, todas as respostas chegam. E chegam bem.

  
  

  🧭 Leitura indicada para quem...

  
  

  • Curte suspenses com clima de Agatha Christie, Hitchcock ou Ruth Ware;

  • Gosta de histórias que exploram segredos familiares;

  • Prefere thrillers mais psicológicos do que violentos;

  • Quer uma leitura que mistura beleza estética e escuridão interior;

  • Amou O Sanatório e quer acompanhar mais da jornada da detetive Elin Warner.

  
  

  Considerações finais

  O Retiro é mais do que um suspense bem escrito. É uma reflexão disfarçada de thriller. Um convite à introspecção — com sangue, claro — e uma viagem pela fragilidade humana quando colocada sob pressão.

  
  

  Sarah Pearse consegue criar um ambiente opressor mesmo em um cenário paradisíaco. E nos lembra de algo essencial: nem todo paraíso é seguro. E nem todo sorriso é sincero.

📖 Já visitou a Pedra da Morte com Elin Warner? Me conta aqui nos comentários se conseguiu descobrir quem estava por trás dos crimes antes do final! Se quiser ter esse livro na sua estante, clique aqui.

Até o próximo mistério,

T.P.M. 🔎