Resenha (sem spoiler): A Cirurgiã
- Mapeando Livros
- 7 de jun.
- 4 min de leitura
Atualizado: 12 de jun.
Quando a sala de cirurgia se transforma em cena de crime.
🩺 A Cirurgiã – Leslie Wolfe
Imagina ser considerada uma profissional brilhante, admirada por todos, com uma carreira consolidada, uma casa dos sonhos e um casamento aparentemente perfeito… e, de repente, tudo isso começa a ruir por conta de uma morte na mesa de cirurgia. “A Cirurgiã”, de Leslie Wolfe, é um thriller psicológico de tirar o fôlego, que nos faz questionar até onde vai a verdade — e o que ela esconde.
📚 Informações do livro:
Título: A Cirurgiã
Autora: Leslie Wolfe
Editora: Faro Editorial
Data de publicação: 4 de março de 2024
Gênero: Thriller psicológico / Suspense médico / Mistério
Páginas: 224
A Cirurgiã: Sobre o enredo
Anne Wiley é uma cirurgiã de renome. Respeitada por seus pares, ela nunca perdeu um paciente em doze anos de carreira. Casada com Derreck, um político promissor que está em campanha para se tornar prefeito, Anne vive o que muitos chamariam de vida perfeita. Até que um dia, em plena sala de cirurgia, algo sai do controle.
O paciente, alguém que Anne claramente não esperava ver naquela maca, morre durante a operação. A cena é tensa. O silêncio que toma conta da equipe médica. O olhar assustado da doutora. O suor dentro das luvas. E um detalhe que muda tudo: Anne odiava aquele paciente. Coincidência? Negligência? Ou assassinato?
O caso vira um escândalo. Paula Fuselier, promotora criminal, entra em cena decidida a provar que Anne cometeu homicídio. Mas essa investigação é tudo, menos simples. Paula tem uma conexão pessoal com Derreck — sim, o mesmo Derreck que é marido de Anne. E isso complica tudo.
O que parecia uma investigação comum vira uma rede intrincada de mentiras, manipulação, política, passado mal resolvido e vingança.
Por que esse livro prende tanto?
Em A Cirurgiã, Leslie Wolfe consegue o que poucos thrillers fazem bem: ela nos insere no psicológico das personagens de forma intensa. Não sabemos em quem confiar. Anne é culpada? Ou está sendo vítima de uma armação? Paula está mesmo em busca da justiça? Ou tem motivações mais profundas e pessoais?
A cada capítulo, vamos descobrindo um pedaço do quebra-cabeça. E, ao mesmo tempo em que a trama judicial avança, os bastidores da vida pessoal dessas mulheres se entrelaçam com força. É impossível não se envolver.
Outro ponto forte é o ambiente hospitalar. A autora recria com precisão a tensão de uma sala de cirurgia, os protocolos médicos e a hierarquia entre os profissionais, o que dá uma camada extra de realismo à história. Você quase sente o bisturi em mãos, o frio do jaleco, a pressão de cada decisão.
Suspense psicológico com camadas emocionais
Apesar da trama girar em torno de um possível assassinato, o verdadeiro foco do livro são as relações humanas. Wolfe explora com maestria os jogos de poder, os traumas mal curados, as decisões do passado que moldam o presente — e como, às vezes, quem mais amamos pode ser o maior perigo.
A relação entre Anne e Derreck vai sendo desconstruída aos poucos, revelando um casamento que não é tão sólido quanto aparenta. E a figura de Paula, longe de ser apenas uma promotora obstinada, ganha contornos pessoais que nos fazem questionar: quem está manipulando quem?
Esse equilíbrio entre mistério, drama pessoal e reviravoltas é o que faz o livro ser impossível de largar.
Uma protagonista que desafia o leitor
Anne Wiley é uma personagem complexa. Em vários momentos, sentimos empatia por ela — uma mulher forte, dedicada, que vê sua vida desmoronar de um dia para o outro. Mas, ao mesmo tempo, há algo nela que inquieta. Um segredo nos olhos. Uma hesitação no comportamento. E aquela pergunta martelando: ela seria mesmo capaz de matar alguém em plena cirurgia?
Essa ambiguidade é o que torna a leitura tão envolvente. Leslie Wolfe não entrega respostas fáceis. Pelo contrário: ela brinca com a dúvida até a última página. E quando o desfecho chega… você vai querer reler algumas partes só para entender como tudo se encaixou tão bem.
Estilo da autora
A escrita de Wolfe é direta, envolvente e visual. A narrativa tem um ritmo ágil, com capítulos curtos que deixam ganchos no final — daqueles que fazem você prometer “só mais um” e, de repente, percebe que leu metade do livro em um dia.
Ela também sabe dosar bem os elementos técnicos (como os termos médicos e jurídicos) com o drama emocional das personagens. Isso torna a leitura fluida, mesmo para quem não está acostumado com esse tipo de ambientação.
Para quem é esse livro?
Se você é fã de thrillers psicológicos com protagonistas femininas fortes, reviravoltas imprevisíveis e uma boa dose de tensão emocional, A Cirurgiã é leitura obrigatória. Ele mistura o melhor dos dramas médicos com suspense de tribunal e uma pitada de escândalo político — a combinação perfeita para quem ama um bom mistério moderno.
Se você gostou de A Cirurgiã, talvez também goste de:
A Paciente Silenciosa, de Alex Michaelides
O Cirurgião (sim, o da Tess Gerritsen, outra trama médica e perturbadora)
A Outra Senhora Parrish, de Liv Constantine
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Um abraço,
T.P.M.💛
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